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Chá da tarde de fadas, auroras ensolaradas, chamego e noites de nataL

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Um pouco de biscoito de fadas decorados por chocolate rosa extraído de camélias e chocolate marrom extraído de troncos de araucárias, folhas que guardam novos e encantadores mundos, colcha de retalho meiga, vestido branco delicado e sonial, e jogo de carta para passar o tempo em amor e afago. Foto: Maria Luiza Weiss.      Quando penso nos dias de dezembro me sinto feliz, cheia de vida e com a esperança de mudanças, renovações, aquela luz que só a noite de natal possui. Não é meu mês predileto, na verdade é novembro, sobre o qual preciso urgentemente  escrever sobre, pois foi (sem dúvidas) o melhor novembro da minha vida até hoje e merece uma carta aberta somente para ele.      Porém hoje irei falar um pouco sobre o décimo mês do ano, finalmente! 2024 foi confuso, eu diria... Os dias na faculdade eram lentos, vagarosos até demais, quase sufocantes. É engraçado pensar nisso, porque eu realmente sentia que os dias não passavam de jeito nenhum; parecia que...

Há tanto para fazer, dançar, viver, ver... Há tão pouco tempo para se perder"

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Foto por Maria Luiza Weiss.     Uma das minhas pessoas prediletas no mundo é também feliz. Não o tempo todo, não do jeito que eu considero que a felicidade é sentida ou exposta, mas bom, eu o acho muito feliz.       A únicas vezes que o vejo triste, estressado, é pela fadiga. Quando o vejo assim e questiono, é sempre a mesma resposta: “meus dias são iguais”. Com o tempo, passei a perceber que não se tratava de um ódio por rotinas, o buraco era mais fundo; ele não tem problema em assistir filmes ou séries diariamente, ou seguir os mesmos caminhos nos fins de semana.       Seu problema são trajetos, longos trajetos de bicicleta até o trabalho (faça chuva, faça sol), viagens que duram mais de uma hora para ir e voltar da universidade em outra cidade, e até mesmo, as responsabilidades chatas que estes locais envolvem.       Creio ser besteira escrever sobre como cada vez mais tenho o compreendido e sentido o mesmo. A...

O novo filme de Sofia Coppola apresenta os perigos, abusos e toxidades que Priscilla Presley sofreu por anos calada

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"Priscilla" (2023), dir. Sofia Coppola    O novo longa da Sofia Coppola, "Priscilla", traz com sutileza e adornado em uma estética 'coquette' e hiperfeminina as dores e os abusos sofridos por talvez uma das primeiras 'it girl' da história: Priscilla Presley ou, como primeiramente a conhecemos no filme, Priscilla Beaulieu.     Cailee Spaeny é quem dá essa voz a socialite, com um olhar melancólico que perdura do início ao final do filme, vemos suas expressões saltarem de uma menina curiosa e instigada pelo desejo de se ver livre de uma prisão, as formalidades e cuidados de sua família, ansiando conhecer o mundo e a vida, o desejo, a paixão, a luxúria, e ser amada acima de tudo, para um olhar quase sempre assombrado, cheio de dúvidas, confusa.     Acima de tudo, considero "Priscilla" a página de um diário, o pranto de uma mulher que foi obrigada a suportar em sua dependência emocional uma carga pesada e cruel demais para uma menina; na verdade...

Erva daninha

     Prender alguém contra si é derramar o sangue dessa pessoa sem dó ou piedade. Estou tão fatigada de destruir a vida daqueles que eu amo mantendo em meu dia-a-dia. Parecem todos tão infelizes, sufocados, envenenados pela minha ruindade.      Uma viciada! Isso que me tornei. Estou doente, a podridão me consome vagamente, tirando tudo de bom que há em mim e, em contraposto, em defesa sádica, vou sugando vampírica todo o vigor daqueles que escolhem permanecer ao meu lado — que são poucos.        Odiosa, orgulhosa, invejosa e melancólica, a morte em pessoa; não, “morte” seria um elogio, um fim para toda essa dor que causo.       Eu sou o precipício, o que destrói, o impossível, o tsunami que desmorona e leva a tudo e todos em rapidez bebum.       Estou tão cansada de machucar quem amo e quero bem. Estou fraca demais. Gostaria de afundar nas águas mais geladas e permanecer lá, trancafiada no fundo d...

Odiar-se

    Quando nos odiamos parece que tudo fica mais difícil. Até tomar um banho parece a coisa mais complicada a se fazer.      Gostaria tanto de fazer e ser tantas coisas, ser sexy, ser inteligente, ser culta, ser extraordinária.       Assisti um dorama há alguns anos, “Extraordinary You”, tinha esse título porque o Haru, mocinho da história, via em Dan-Oh, a protagonista, coisas que ela não via em si mesma, mas que corria atrás de alcançar.      Sei que nunca serei a Dan-Oh, pois ao contrário dela, estou estagnada na minha própria tristeza e procrastinação. Há momentos de alegria com certeza, no entanto, uma efemeridade os rodeia e os destrói em questões de minutos.        O que é ser algo? Alguém? Arte? Poesia? Beleza? Eu não sei. Queria ser sinônimo de tudo isso. Há tantas mulheres incríveis as quais eu venderia minha alma para ser igual: Audrey, Anna Karina, Julie Delpy, e até as mais novas como Sabrina Ca...

O livro dos Moomins é tão mágico quanto o desenho!

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Um marco na literatura infantil da Finlândia e na carreira premiada de Tove Jansson, "Um cometa na terra dos Moomins" foi publicado em 1946. Ele é o segundo volume de uma série de livros da família de trolls. Nessa histórias revemos Moomin, sua família e seus amigos, Snufkin e Sniff, além de conhecermos novos personagens como Miss Snob e Snork enquanto eles vivem uma aventura fazendo uma expedição até as Montanhas Silenciosas ao ficarem sabendo que um cometa está prestes a atingir a Terra.     Grande fã do desenho, já estava afeiçoada aos personagens, no entanto conhecê-los de outro modo no livro, ver as pequenas, mas significativas diferenças em suas personalidades e descobrir uma nova e perigosa aventura pela qual passaram, ah, isso foi gratificante como fãzoca! Embora seja uma leitura descritiva e rica em detalhes, por já estar habituada com o ritmo delicado do desenho, foi fácil me apegar e me encantar por cada descrição.     "Um cometa na terra dos Moomins" é i...

Ela tem dezenove, ela é uma fada.

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   Falando de coisa boa, tenho agora 19 anos! Completei no último sábado (11/11), e foi um dos melhores aniversários da minha vida. Estar com o meu namorado o tempo todo foi crucial para isso...       Fiz um picnic alegre, com um bolo em formato de CORAÇÃO, ROSA E COM BABADOS, COM UM CÚPIDO NO CENTRO!!!!!!!!! Ah esse bolo tem sido meu sonho há dois anos e é inspirado em “Picnic At Hanging Rock”, um filme canadense do Peter Weir inspirado no romance de mesmo nome.       O dia todo estava claro e iluminado, muito calor, eu e meu namorado conseguimos nadar sem sentir que estávamos congelando.  A decoração ficou afável e recebi presentes lindos. Me sinto grata por mais irônico que seja pelo meu aniversário. Irônico porque tenho dificuldade em apreciar a minha existência e o fato de viver principalmente.  No entanto, apesar de todas as dores e dificuldades que 2023 me trouxe, até como consequência dos anos anteriores, ele me tr...