O novo filme de Sofia Coppola apresenta os perigos, abusos e toxidades que Priscilla Presley sofreu por anos calada
"Priscilla" (2023), dir. Sofia Coppola O novo longa da Sofia Coppola, "Priscilla", traz com sutileza e adornado em uma estética 'coquette' e hiperfeminina as dores e os abusos sofridos por talvez uma das primeiras 'it girl' da história: Priscilla Presley ou, como primeiramente a conhecemos no filme, Priscilla Beaulieu. Cailee Spaeny é quem dá essa voz a socialite, com um olhar melancólico que perdura do início ao final do filme, vemos suas expressões saltarem de uma menina curiosa e instigada pelo desejo de se ver livre de uma prisão, as formalidades e cuidados de sua família, ansiando conhecer o mundo e a vida, o desejo, a paixão, a luxúria, e ser amada acima de tudo, para um olhar quase sempre assombrado, cheio de dúvidas, confusa. Acima de tudo, considero "Priscilla" a página de um diário, o pranto de uma mulher que foi obrigada a suportar em sua dependência emocional uma carga pesada e cruel demais para uma menina; na verdade...